A polícia está investigando um suposto caso de infanticídio que teria sido praticado nesta segunda-feira na zona rural de Brejo Santo. Um bebê deu entrada no Hospital Geral dentro de uma caixa de papelão enrolado no cordão umbilical e cheio de marcas de espancamentos e lesões corporais, principalmente nas pernas. Ali já se encontrava a sua mãe que foi trazida momentos antes pelo esposo sem ter o conhecimento de que ela estivesse grávida e houvesse abortado o bebê.
Por volta das 9 horas um funcionário do Hospital Geral de Brejo Santo avisou à polícia sobre o caso desconfiado do infanticídio. Segundo o que foi apurado até o momento, a agricultora Janete Belo de Moura, de 32 anos, residente no Sitio Ribeirão na zona rural do município, deu entrada no hospital com sangramento vaginal e, após exames, a equipe médica constatou que a mesma tinha praticado um aborto. A mulher escondia a gravidez do marido, Evandro Lucena de Melo, de 35 anos, e foi ele próprio que socorreu a mesma até o hospital ao acordar e vê-la na madrugada de hoje sangrando bastante. Quando o médico constatou o aborto foi até o marido e perguntou pela criança. Este confessou que sequer sabia da gravidez de Janete. Assim, segundo a polícia, retornou à sua residência acompanhado de uma irmã quando encontraram o bebê sem vida dentro de uma caixa de papelão embaixo da cama. Os dois trataram de levar até o hospital quando entregaram ao médico. O corpo foi trazido para ser examinado no Instituto Médico Legal (IML) de Juazeiro do Norte. De acordo com o Major Giovani Sobreira, Comandante da Companhia de Brejo Santo, a mulher segue internada no HGBS, mas com escolta da PM, enquanto a polícia investiga se houve crime de infanticídio. Familiares de Janete disseram que a mesma sofre de depressão. Além do Major Sobreira, atuaram no caso o Tenente Rosendo e os Soldados NormandoMatiasPaes, Cledson deAlmeidaGomes e Darciano Soares do Nascimento.
Fonte: Miséria/ Demontier Tenorio