Quando o melhor time do país, dos garotos craques, abre o placar tão cedo, a impressão de domínio e goleada é inevitável. Engano de quem pensou que o Tricolor fosse se acuar. Trocou passes com velocidade no meio, usou bem Cortez pela esquerda, mas esbarrou na trave após cabeçada de Paulo Miranda e na dificuldade quase comovente de Willian José em dominar a bola.
A pressão esfriou. O Santos, mesmo tendo que trocar Rafael, lesionado, por Aranha, equilibrou a posse de bola, a torcida passou a gritar mais baixo e Neymar teve ajuda inesperada para, pela terceira vez em 2012, fazer três gols num jogo. Ajuda de Denis, que deixou a barba crescer para impor respeito. Não impôs. As mãos fraquejaram no chute do craque e todos passaram a esperar o apito final. A expulsão de Cícero em falta sobre o camisa 11 só serviu para dar tempero à sua atuação.
Faltam dois jogos para o Santos conquistar o tricampeonato consecutivo, fato que não se repete com ninguém desde 1969, quando o time da Vila levantou a taça pela terceira vez. Contra o tabu, há Ganso, há o vencedor Muricy Ramalho e, acima de todos, há Neymar.
Globo Esporte