O depoimento de Cachoeira é considerado chave pelo relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG), já que ele é o principal alvo da investigação parlamentar.
Nesta segunda-feira, Mello voltou atrás da decisão da semana passada ao analisar novo pedido da defesa de Cachoeira para adiar uma nova convocação feita pela CPI Mista.
Porém, mesmo sendo obrigado a comparecer à CPI, a tendência é de que o empresário não responda aos questionamentos dos parlamentares, segundo seu advogado, o ex-ministro da Justiça do governo Lula, Márcio Thomaz Bastos.
A ida de Cachoeira à CPI pode impulsionar o trabalho da comissão que, após quase um mês em funcionamento, só colheu depoimentos de dois delegados da Polícia Federal encarregados das operações Vegas e Monte Carlo.
Cachoeira é tido como chefe de uma quadrilha criminosa que explorava jogos ilegais e, segundo a PF e o Ministério Público, também figurava como sócio oculto da empreiteira Delta.
A construtora também é alvo da CPI, porque há suspeita de que Cachoeira usava a empresa para lavar dinheiro. Na semana passada, a comissão aprovou requerimentos pedindo a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico das filiais da Delta no Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins.
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