Custos menores
Segundo Fernando Bacal, a insuficiência cardíaca é a etapa final de uma série de doenças que atingem o coração, como miocardites, doença de chagas, infartos. O órgão fica debilitado e passa a bombear o sangue com menos força. Isso causa retenção de líquidos, inchaços, acumulo de água no pulmão e principalmente falta de ar e cansaço excessivo aos esforços.
“Cerca de 10% dos pacientes que atingem esse nível da doença necessitam de transplante e aproximadamente 50% correm o risco de morrer.”
Técnica
“A acetona não é produzida no dia a dia. Quando acontece é porque há alguma agressão. O corpo a produz para se sustentar e fazer energia de alguma maneira”, explica a também cardiologista do InCor, Fabiana Marcondes Braga, autora de uma tese de doutorado sobre acetona.
O médico, porém, destaca que a análise do sangue exige uma estrutura para ser feita. “No novo aparelho, atualmente pegamos o ar exalado, condensamos com um processo de resfriamento, levamos o líquido para o laboratório e o resultado sai em horas. Mas, com algumas evoluções, vamos conseguir com que o resultado saia imediatamente, no próprio aparelho. Isso vai possibilitar um encaminhamento mais imediato para o tratamento especializado.”
O estudo tem a parceria do Instituto de Química da USP (Universidade de São Paulo) e da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). Segundo Marcondes Bacal, o próximo passo é levar a pesquisa para outras universidades. “Vamos tentar aprimorar o aparelho de coleta do ar exalado e depois conseguir uma parceria com indústrias para o desenvolvimento tecnológico. Se tudo der certo, dentro de um ou dois anos a técnica já estará disponível.”