Mulher usa banheiro de hospital e tem aborto sem saber de gravidez

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Feto foi encontrado dentro de um saco plástico

A cabeleireira Tatiana Ferreira, 20 anos, esteve na delegacia de Barras (a 119 km ao norte de Teresina), na noite deste sábado (08/09) para prestar esclarecimentos sobre o suposto aborto, que teria sofrido dentro do banheiro do Hospital Municipal Leônidas Melo, no início da manhã. Para ser liberada, ela pagou uma fiança de R$ 600,00.
A mulher teria abortado um feto de aproximadamente sete meses, ao usar o banheiro para urinar.

Tatiana afirmou em depoimento à Polícia que não sabia que estava grávida, já que sua menstruação estava normal. Ela disse que no início da manhã deste sábado (08), estava na casa dos pais em Barras e sentiu uma forte cólica e mesmo tomando o remédio [Buscopan] não teria passado, por isso resolveu ir até o hospital. Ao chegar, foi informada que o médico estava de saída e não iria poder atendê-la. Ela disse então, segundo o depoimento, que iria ao banheiro.

“Segundo ela relatou, ao chegar ao banheiro ficou de cócoras no ralo do chuveiro e quando viu foi o feto descendo. Ela disse ter ficado agoniada e pediu ajuda a uma senhora na enfermaria, para que arranjasse um absorvente. Ela disse que a mulher a orientou para ir embora, porque ela iria se complicar, já que tinha abortado. E assim ela saiu deixando o feto lá”, contou a escrivã da Delegacia de Barras que tomou o depoimento de Tatiana.

Tatiana não é casada e não informou se sabe quem é o pai da criança.

Ainda em depoimento, a cabeleireira afirmou que não sentiu nenhum sintoma de gravidez, e que não sentia o bebê mexer, e ainda que não teria motivos para abortar. Segundo a escrivã, Tatiana supostamente não conhecia nome de remédios abortivos.

Ela foi conduzida à delegacia por policiais de plantão e depois prestar depoimento, garantir que iria comparecer ao Instituto Médico Legal (IML) em Teresina para fazer exame e pagar uma fiança de R$ 600 voltou para a residência dos pais. Até a noite de ontem, ela não teria feito a curetagem.

“Ela disse que só sentia fortes dores na barriga, toda vez que menstruava. Por ela ser gordinha, ela disse que não percebeu nenhuma mudança no seu corpo”, explicou a escrivã. A polícia vai investigar se o aborto foi espontâneo ou criminoso. "Tatiana disse que vai colaborar com a polícia, fazendo os exames ginecológicos. Vamos aguardar", finalizou a policial, que não se identificou.

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