Travestidos de torcedores, vândalos depredaram o Estádio Presidente Vargas após o terceiro gol do Oeste, time classificado à Série B, do Campeonato Brasileiro
Queda e coice. A linguagem é conhecida, íntima dos cearenses, e oportuna para as cenas registradas no início da noite deste domingo no Estádio Presidente Vargas, durante a partida entre Fortaleza (1) e Oeste (3), pela Série C do Campeonato Brasileiro.
A expressão ‘’queda e coice’’ é para definir o triste destino do Fortaleza: além de perder a oportunidade de ascender à Série B, em 2013, a equipe ainda poderá ser punida pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) em função dos atos de violência e vandalismo de torcedores.
No primeiro jogo, em Itapolis, São Paulo, o Fortaleza arrancou um heróico empate em 1 x 1, que o permitia, com um resultado simples, conquistar a vaga à Série B e continuar na disputa pelo título de campeão da Série C.
Durante a semana, a torcida cantou de galo e, no campo, os jogadores, de salto alto, perderam oportunidades, desperdiçaram chances e deixam o Oeste jogar.
O time do técnico Vica, que fez um belíssimo trabalho à frente do Tricolor, perdeu quando não poderia perder. Bastava um empate. Mas, naquela de que futebol tem dessas coisas, o Tricolor perdeu e, em 2013, continua na Série C.
O resultado adverso foi marcado, também, pelo vandalismo de torcedores que quebraram dezenas de cadeiras e as arremessaram em campo contra os jogadores. Uma atitude incompreensível. O ato de vandalismo se espalhou pelas arquibancadas, onde outras dezenas de cadeiras foram arrancadas e quebradas. Torcedores enfrentaram a polícia e, também, em cenas lastimáveis brigaram entre si.
O terceiro gol do Oeste, aos 47 minutos do segundo tempo – foram seis minutos de prorrogação, decretou não apenas o fim de um sonho, mas, ao mesmo tempo, a alegria de torcedores do Ceará que soltaram rojões para comemorar a permanência do Fortaleza na Série C do Campeonato Brasileiro. Aqui, a vibração pelo insucesso: o Fortaleza continua na C. E o Ceará, na B. O Icasa, ao se classificar à Série B, salvou não apenas o futebol do Interior em 2012, mas o próprio futebol cearense.
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