Durante muito tempo o local foi considerado ponto de lazer dos habitantes de Sobral. Hoje, a lagoa encontra-se entregue ao total descaso por parte do Poder Público
Rayanne Colares
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O Parque Ecológico Lagoa da Fazendo, inaugurado em 1993, com a função de ser ponto de lazer para os moradores de Sobral, está totalmente abandonado. A circunstância em que a área, de aproximadamente 20 hectares, se encontra é lamentável e tem causado muita indignação àqueles que moram próximo ou para os que transitam nas adjacências do local.
Outro fato lastimado pelos moradores trata da insegurança do lugar, conforme destaca o morador, João Alfredo do Nascimento.
“Aqui é perigoso e quase todo dia tem assaltos. Antes desse abandono, muitas pessoas vinham fazer caminhadas, vinham passear, mas agora ninguém se arrisca. É muito triste ver um local como esse terminar desse jeito, totalmente abandonado,” desabafou o morador.
Há quase 10 anos, época de sua inauguração, o parque ecológico era bastante movimentado por haver vários quiosques onde, sobretudo, a juventude costumava frequentar. Considerado ‘ponto de encontro’ o local também servia para conversar, paquerar, mas hoje encontra-se totalmente esquecido pelas autoridades competentes do município e, como se não bastasse, algumas proprietários de empresas contribuem com a desvalorização do parque jogando lixo e, desse modo, contaminando mais ainda o ecossistema da região.
Mobilização
O Professor Universitário da cidade de Sobral, Eduardo Dias, inconformado com a situação de descaso com o parque e, na tentativa de sensibilizar o poder púbico, decidiu protestar por meio da internet postando na rede social Facebook o seu descontentamento com a atual situação do local.
“Passo todos os dias na Lagoa da Fazenda, ou o que resta dela, e penso: a prefeitura deveria limpar essa lagoa antes das chuvas, mas o que podemos fazer? Hoje, entrei no site da Prefeitura de Sobral e registrei uma solicitação na ouvidoria. Vamos todos solicitar, vamos todos ajudar a salvar a Lagoa da Fazenda. Entre hoje mesmo no site da prefeitura. O curso de Biologia já entrou nessa ajuda. Participe você também,” postou o professor.
Sobre os motivos que o levaram a publicar o pedido de ajuda, Eduardo Dias contou que não suportava mais tamanho descuido e, portanto, decidiu tentar mobilizar a sociedade através da mídia. “Sentia-me impotente para resolver o problema da Lagoa da Fazenda. Via a necessidade, mas não sabia o que fazer. Inicialmente tive a ideia de registrar meu pedido no site da ouvidoria da Prefeitura. Mas sabia que isso era muito pouco. Então, conversando com uma professora do curso de Biologia da UVA, que também me relatou a mesma angústia, pensamos: o que fazer? Então falei para ela o que fiz, e a convidei a passar aos alunos dela que também registrassem uma solicitação junto à prefeitura. Quando cheguei em casa, convidei meus amigos a fazerem o mesmo através do ‘Face’, pois sei que juntos temos muita força. Tomara que chova solicitações na prefeitura,” desabafou ele.
Em relação ao que poderia ser feito para reverter o quadro da lagoa, Eduardo Dias citou algumas alternativas. “Acredito que a prefeitura deva aproveitar este período sem chuva com a lagoa quase seca e fazer uma limpeza, passar as máquinas e retirar todo resto de plantas, pois a decomposição deste material com água pode, inclusive, causar mau cheiro,” concluiu.
Fonte: Sobral News
