Em depoimento, suposta amante de Marcos Matsunaga revela que executivo era "afável e romântico"

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Modelo foi ouvida nesta quarta-feira no Fórum Criminal da Barra Funda


Diogo Moreira/Frame/Estadão ConteúdoNathalia Villa Real Lima é apontada suposta amante de Marcos Matsunaga

O advogado Luiz Flávio D'Urso, contratado pela família de Marcos Matsunaga, informou nesta quarta-feira (30) que o depoimento de Nathalia Villa Real, apontada como suposta pivô da briga do executivo e Elize Matsunaga, foi muito importante. Segundo ele, a modelo revelou, durante seu interrogatório no Fórum Criminal da Barra Funda, o perfil do empresário que foi assassinado e esquartejado pela ex-mulher.

— Era extremamente afável, cortes, educado, romântico.

De acordo com D’Urso, ela teria reiterado que o executivo seria “incapaz de encostar a mão numa mulher”. A modelo também teria contado que Marcos estava angustiado porque o casamento não ia bem. Para a acusação, a descrição feita contrasta com o perfil descrito por Elize Matsunaga. De acordo com a versão da mulher, o marido foi morto com um tiro após uma discussão entre o casal, onde ela teria sido agredida.

— Ela [Elize] diz que o Marcos lhe deu um tapa, não há nenhum elemento que comprove isso, ao contrário, os elementos do processo e o depoimento da Nathalia revelam um outro perfil.

O advogado diz que está convencido que o crime foi “premeditado e triplamente qualificado".

— Acho que as provas já são suficientes para levá-la a júri popular.

No último dia 15, a Justiça aceitou o pedido de exumação do corpo do executivo da Yoki Marcos Matsunaga. A solicitação foi feita pela defesa de Elize, que tem como objetivo provar que a prática do crime não foi cruel. Para D’urso, a exumação não trará grandes novidades ao caso. A nova perícia deve acontecer nos próximos dias.

Interrogatório

Elize Matsunaga falou pela primeira vez em juízo nesta quarta-feira (30) durante a quarta audiência de instrução do caso. Ela falou novamente que matou o marido sozinha e decidiu não responder às questão do Ministério Público e do assistente de acusação.

Um dos questionamentos que poderiam ser feitos é com relação ao laudo necroscópico sobre a morte do executivo da Yoki que aponta que os cortes dos membros superiores e inferiores no corpo têm características diferentes, reforçando suspeita de que, além de Elize, ao menos mais uma pessoa teria participado do esquartejamento.

A acusação suspeita que a assassina confessa teria tido ajuda, mas isso ainda não foi esclarecido. Outro conflito se refere a posição do executivo no momento da morte, se eles estavam frente a frente ou não.

O caso

O empresário, herdeiro da Yoki Alimentos, foi encontrado morto e esquartejado na Estrada dos Pires, numa região rural, em Cotia, na Grande São Paulo, no dia 27 de maio. O corpo foi localizado, cerca de uma semana após o desaparecimento, cortado em pedaços e colocado em sacolas plásticas.

Elize Matsunaga, mulher do empresário, confessou o crime e o esquartejamento no dia 6 de junho. De acordo com as investigações, Elize suspeitava que o marido estivesse tendo um caso e contratou um detetive particular para segui-lo. O profissional confirmou a traição.

Para o MP, a motivação do crime não foi passional. Na avaliação do promotor José Carlos Cosenzo, Elize teria matado por dinheiro.




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