Alcântaras “na beira de um colapso hídrico, e a espera por um milagre”

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Moradores do município de Alcântaras-CE vivenciam uma das piores estiagens dos últimos 30 anos. Na cidade  o principal reservatório de água encontra-se com a menor capacidade hídrica desde sua construção, menos de 7% de sua capacidade total.

O baixo nível de água da barragem favoreceu que ao invés de água fosse bombeado lama pela rede de distribuição de água da zona urbana, um fato alarmante que deixa o município a beira de um colapso hídrico. Na rede social Facebook usuários criticaram a falta d'água como única responsabilidade das autoridades, mas esqueceram-se de que no passado uma audiência publica sobre racionalização de água foi realizada e menos de 1% da população participou; outras iniciativas como diversos mutirões de limpeza em torno da barragem, campanhas virtuais de racionalização de água e até uma petição publica para colheita de assinaturas também foram realizadas no município, entretanto a participação popular foi insignificante perante as metas previstas.

Na cidade onde apesar de decretado estado de emergência desde junho passado, moradores desperdiçam água como em época de cheias e não intimidam-se em lavar carros, motos ou até mesmo calçadas. As obras da construção civil só aumentaram nos últimos seis meses, e carros pipas dividem com empreiteiras a água a ser  captada para o abastecimento de comunidades rurais. A situação é alarmante, mas só agora os munícipes acordaram para a realidade e o futuro que os aguarda.

Em janeiro de 2013, choveu na cidade o equivalente 56,8 mm, pluviometria um pouco acima  do mesmo período em 2012, mas insuficiente para amenizar os efeitos da seca. Segundo o prognóstico divulgado pela Funceme a previsão de chuvas regulares é de março em diante, ou seja, serão mais 27 dias de ansiedade e de momentos de esperança para que São José ouças nossas preces e faça que o Açude Pinga não termine o mês com 1,0% de sua capacidade.

 Foi também no passado que administradores jogaram dentro de um cacimbão no centro da cidade o lixo coletado de dentro de um canal e mandaram demolir chafarizes desativados alegando que estes favoreciam a proliferação ao mosquito da dengue. Hoje 'sem água' a população arrepende-se de não ter apoiado as iniciativas em prol da defesa de nossas reservas hídricas.

Por Francisco Freire (Portal Jovem)
Fonte: Visão Norte
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