Só há mobilização dentro do grupo da situação. Um quadro novo vai exigir corrida contra o tempo perdido
Enfrentamento
A indefinição do cenário nacional, norteador das alianças e candidaturas nos Estados, deveria ser motivo de animação em todos os grêmios partidários, para, pelo menos, no momento certo, cada um deles ter o norte do caminho a percorrer. A acomodação de hoje nos motiva a acreditar numa eleição igual às últimas aqui realizadas, com apenas um ou no máximo dois candidatos com perspectiva de chegar à vitória, deixando, indiscutivelmente, uma boa parte do eleitorado cearense sem opções de escolha.
Os quatro aliados de Cid estão em plena campanha de consolidação dos seus nomes. Nenhum deles faz reserva quanto ao trabalho desenvolvido, embora Domingos, Leônidas e Mauro ressaltem ser do governador a palavra final sobre o escolhido. De modo próprio, todos, inclusive Eunício, buscam reunir elementos que permitam ao chefe enxergar quem mais vantagem apresente para a disputa nas urnas e consequentemente seja esse o escolhido em qualquer dos cenários apresentados a partir da eleição presidencial.
Rearrumar
Os pretendentes ao Governo do Ceará trabalham com a perspectiva das candidaturas da presidente Dilma à reeleição, e a do senador tucano Aécio Neves, como as principais, atentos, porém, ao posicionamento do governador pernambucano Eduardo Campos que, em vindo a ser candidato a presidente, motivará uma situação nova, a partir de um rearrumar da aliança feita pelo PSB cearense, principalmente com o PT e o PMDB, talvez até reclamando uma candidatura de Cid ao Senado, para dar mais musculatura à chapa majoritária que apoiar.
Campos, como todo político sensato e experiente, jamais dirá, antes do início do próximo ano, se vai ou não disputar a sucessão presidencial. Deixando pairar a dúvida, como ela está hoje, só resultados positivos vai colher para si e sua agremiação. Então não há pressa para anunciar o seu futuro. Os outros que trabalhem ou não com essa variante na preparação, também, das sucessões estaduais.
EDISON SILVA
EDITOR DE POLÍTICA
DIÁRIO DO NORDESTE