O São Paulo voltou a sofrer em um jogo de Libertadores. Com dificuldades em lidar com a catimba argentina, os comandados de Ney Franco ficaram apenas no 1 a 1 com o Arsenal de Sarandí, time que, até então, não tinha somado ponto e ainda vinha de uma derrota de 5 a 2 para o Atlético-MG dentro de casa. O resultado estraga os planos da comissão técnica são-paulina, que pretendia terminar o primeiro turno com duas vitórias dentro de casa.
Se, na última quinta-feira, na vitória por 2 a 1 contra o The Strongest, o São Paulo enfrentou problemas na hora de criar as jogadas, desta vez, no Estádio do Pacaembu, o time até criou, mas parou na trave em várias vezes. O gol, aliás, contou com a colaboração do travessão. Jadson chutou forte após passe de calcanhar de Aloísio e viu a bola entrar após tocar na trave. O empate foi alcançado no início do segundo tempo, com Benedetto convertendo pênalti cometido por Cortez.
O resultado deixa os brasileiros com a segunda colocação com quatro pontos, e os argentinos mantidos na lanterna, mas, agora, com um ponto. O grupo 3 também tem o Atlético-MG com seis pontos, e o The Strongest, com três. Eles ainda se enfrentam nesta quinta. Na próxima rodada da Libertadores, na quinta-feira, o São Paulo encara novamente o Arsenal de Sarandí, mas na Argentina. Luis Fabiano, expulso após o fim do jogo, é desfalque certo. Antes, no entanto, o time tem o clássico contra o Palmeiras pelo Paulistão, marcado para as 16h de domingo, no Morumbi.
No jogo desta quinta, o Arsenal de Sarandí começou surpreendendo o São Paulo e pressionava o adversário dentro de seu campo. Com bolas aéreas, os argentinos assustaram por três vezes seguidas Rogério Ceni e sua defesa. Em duas delas, o goleiro precisou sair distribuindo broncas na zaga para corrigir o posicionamento.
Com o tempo passando, o time brasileiro começou a se encontrar melhor dentro de campo e passou a acertar mais a armação de jogadas de perigo. Os argentinos passar a usar a catimba como solução para travar o jogo adversário, fazendo bastante faltas e valorizando quando sofriam uma. Com a bola rolando, no entanto, o São Paulo era bem melhor. Osvaldo e Aloísio acertaram as traves em três ocasiões diferentes, enquanto que os “hermanos” se limitavam a jogar no contra-ataque.
Irritada a torcida já ensaiava gritos chamando o Arsenal de timinho e os argentinos de todos os tipos de xingamento. Até que, aos 47 minutos, Jadson conseguiu furar o bloqueio. O camisa 10 recebeu a bola de Aloísio, que acreditou em bola até o último centímetro e pisou de calcanhar. O meia bateu de primeira e ainda viu a bola acertar o travessão antes de comemorar. Na saída de bola, o juiz nem deu tempo para mais nada e apitou o fim da etapa inicial.
No segundo tempo, o técnico do Arsenal resolveu promover duas mudanças. Perez e Luguercio saíram para as entradas de Ortiz e Benedetto. Os dois ainda se adaptavam ao jogo, quando o árbitro colombiano marcou pênalti por mão de Cortez dentro da área. Na batida, Benedetto encheu o pé no canto esquerdo de Rogério Ceni e não deu chances para o goleiro, empatando o marcador.
A resposta de Ney Franco ao empate foi imediata. Ele colocou Paulo Henrique Ganso no lugar de Fabrício, para o delírio da torcida. A mudança, no entanto, não surtiu efeito. O que voltou a acontecer dentro de campo foi a catimba argentina. Os argentinos voltaram a usar de faltas e de valorização em jogadas para deixar o relógio correr mesmo com a bola parada.
Além da catimba, o São Paulo também passou a sofrer com a falta de combate no meio de campo. A entrada de um Ganso pouco inspirado pouco ajudou na armação de jogadas e só piorou a roubada de bola no centro. O Arsenal também sabia explorar as laterais e era por lá que os argentinos conseguiam armar jogadas e alçar bolas na área adversária. Para tentar corrigir isso, Ney Franco tirou Aloísio e colocou Maicon, reforçando o meio de campo.
A mudança surtiu efeito, o São Paulo voltou a dominar o jogo e criou as melhores jogadas. Retraído, o Arsenal apostava no contra-ataque, mas não conseguia sucesso. O que ajudou bastante os argentinos foram as traves, que entraram em ação por mais de duas vezes no fim do jogo e mantiveram o empate no placar. Nem mesmo o "tudo ou nada" de Ney Franco, tirando Wellington e colocando Cañete deu certo.
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