Ceará sacrifica 19 cavalos vítimas de mormo

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Alerta na vigilância agropecuária do Estado: de setembro de 2012 até o último dia 13 de abril, 19 cavalos foram sacrificados no Ceará vítimas do mormo - doença infectocontagiosa que atinge o sistema respiratório do equino e não existe medicamento ou prevenção, ele tem que ser eutanasiado. Os dados são da Agência de Defesa Agropecuária do Ceará (Adagri), que assumiu o controle da sanidade de equídeos (cavalos, burros e jumentos) no Estado desde setembro do ano passado.


O presidente da Agência, Francisco Augusto de Souza Júnior, afirma que o Ceará enfrenta uma endemia da doença e pede o envolvimento de todos os criadores de cavalos no combate à enfermidade. "Trata-se de uma zoonose, podendo atingir também o ser humano, além de outros animais carnívoros, tais como cães e gatos e ruminantes, como os caprinos", diz.

Ele esclarece que, dos 19 animais sacrificados, 17 eram Quarto de Milha participantes de vaquejadas. Os outros dois casos foram em um animal de passeio e outro de hípica. Todos pertenciam a proprietários da Região Metropolitana de Fortaleza.


Francisco Souza indica que, apesar do quadro, não há motivo para pânico. A Adagri tem realizado uma atuação intensa de sanidade animal e, onde os casos foram registrados, a agência saneou o foco e colheu mostra de sangue de animais num raio de três quilômetros desses imóveis.

Os sintomas, além das secreções, úlceras necróticas e nódulos na cavidade nasal, podem ser pneumonia, abscessos nodulares e deterioração progressiva dos órgãos internos. O sacrifício é a única forma de controle e combate. O animal doente, mesmo sem sintomas graves, pode transmitir a enfermidade por meio da secreção. O controle feito pela Adagri começa com o correto diagnóstico. Para os cavalos transitarem no Estado, precisam ter o exame negativo de mormo e Anemia Infecciosa Equina (AIE) - outra doença monitorada pela agência.


Exame

O mormo é confirmado por meio de exame de sangue. Quando o laboratório identifica caso positivo, comunica imediatamente à Adagri. Com o laudo do teste em mãos, o fiscal agropecuário vai até a propriedade. Se o animal apresenta os sintomas, é sacrificado imediatamente. Se não apresenta, mas tem o laudo positivo, é feito um segundo exame para tirar a prova. É o teste da maleína, que consiste numa injeção intradérmica na pálpebra do cavalo, contendo uma proteína modificada da Bulkoderia.

Em caso positivo da doença, o equino apresenta olho inchado após 48 horas, confirmando a necessidade do sacrifício. No caso desse teste dar negativo, será repetido após 45 dias, para confirmação ou não da doença. "A eutanásia é feita por meio do rifle sanitário, como forma de evitar a contaminação dos fiscais", ressalta Souza.

A Adagri orienta os proprietários de cavalos que apresentarem algum sintoma da doença a entrar em contato imediato com um posto do órgão no município. "O importante é agir rápido para evitar a proliferação".

(Fonte: Diário do Nordeste)
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