“Jesus condenou o preconceito dos discípulos à mulher sírio-fenícia; atendeu solícito o apelo do centurião romano (um pagão!) interessado na cura de seu servo; deixou que uma mulher de má reputação lhe lavasse os pés com os próprios cabelos e ainda recriminou os que se escandalizaram ao presenciar a cena; e não emitiu uma única frase moralista à samaritana adepta da rotatividade conjugal, pois estava no sexto homem! Ao contrário, a ela Jesus se revelou como o Messias”.
Esse é parte do argumento do texto de Frei Betto, chamado “Infelicianidade”, publicado no jornal “Folha de S.Paulo”, na última sexta-feira, 12, no qual critica o deputado e pastor Marco Feliciano (PSC-SP). O frade domiciano chama de ignorantes os que se ancoram na tradução literal da Bíblia e diz que Deus ama incondicionalmente a todos.
Frei Betto pergunta “Que deus é esse que amaldiçoa seus próprios filhos?” sobre a declaração racista de Feliciano de que negros são amaldiçoados. No texto, o frade lembra que “o deputado é um pastor evangélico. Sua conduta deveria, no mínimo, coincidir com os valores pregados por Jesus, que jamais discriminou alguém.”.
Paroutudo.com com Folha de S. Paulo