Manicure que matou menino de 6 anos vivia de golpes, afirma polícia

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Manicure Suzana de Oliveira, ao depor na delegacia de Barra do Piraí em 26/03FABIANO ROCHA / AGÊNCIA O GLOBOManicure Suzana de Oliveira, ao depor na delegacia de Barra do Piraí em 26/03FABIANO ROCHA / AGÊNCIA O GLOBO




Manicure que matou menino de 6 anos vivia de golpes, afirma polícia

Manicure Suzana de Oliveira, ao depor na delegacia de Barra do Piraí em 26/03FABIANO ROCHA / AGÊNCIA O GLOBO
RIO — A manicure Suzana do Carmo de Oliveira Figueiredo, de 22 anos, assassina confessa do menino João Felipe Eiras Bichara, de 6 anos — asfixiado há duas semanas com uma toalha num quarto do hotel São Luiz, em Barra do Piraí, no Sul Fluminense — vivia de golpes, segundo a polícia. As vítimas eram homens com quem ela se envolvia emocionalmente para obter alguma vantagem. Seduzido pela manicure, o ambulante Maicon Santiago Olímpio, de 25 anos, quase comprou uma casa de R$ 70 mil para a ex-namorada, no ano passado.
— Ela vivia de pequenos golpes. Usava roupas caras e tinha um padrão financeiro incompatível com a profissão de manicure — disse o delegado José Mário de Omena, responsável pela investigação.
A compra só não foi confirmada porque o crédito dele não foi aprovado para que o negócio fosse selado. A história foi revelada por Maicon, em depoimento registrado na semana passada na 88ª DP (Barra do Piraí).
Ícaro Martins dos Santos, outro ex-namorado de Suzana, disse à polícia que emprestou dinheiro para que a manicure abrisse um salão de beleza. Em anotações feitas por Suzana e entregues à polícia, ela escreveu que devia R$ 7,4 mil ao ex. A mãe de Suzana, a doméstica Simone de Oliveira, disse que a filha era ajudada por um outro homem, a quem ela chamava de “Coroa”.
Na terça-feira, o Ministério Público estadual denunciou a manicure pelos crimes de homicídio doloso triplamentequalificado – motivo torpe (vingança e ódio), meio cruel e impossibilidade da defesa da vítima –, e tentativa de ocultação de cadáver. Caso seja condenada pelos crimes, Suzana Figueiredo receberá pena de até 42, sendo que o máximo que poderá ficar presa é trinta anos, pois esse é o limite estabelecido pelo Código Penal.
Em nota, o MP afirma que o promotor de Justiça Marcel Guedes, da 1ª Promotoria de Justiça Criminal de Barra do Piraí, acredita que, com base em punições aplicadas em casos similares, a pena de Suzana realmente chegue ao máximo permitido.
“Em se tratando de crimes hediondos, a eventual progressão de regime é muito mais lenta e, em casos similares, depende, geralmente, de laudo atestando que a presa tem reais condições de voltar ao convívio social", diz a nota.
Nesta terça-feira, o delegado titular da 88º DP (Barra do Piraí), José Mário Salomão de Omena, disse que é falsificado o laudo de ultrassom encontrado junto com uma carta escrita pela manicure. Na carta, Suzana planejava como sequestraria e mataria uma criança. O menino foi morto asfixiado por Suzana no dia 25 de março, num quarto do Hotel São Luiz, no Centro de Barra do Piraí. Ainda na correspondência, havia um pedido de resgate.


O Globo
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