Alunos implantam canteiros nas escolas

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Através do projeto "A Caatinga vai à escola, a escola vai à Caatinga", a Secretaria de Meio Ambiente (Semam) deste município está implantando canteiros econômicos em Escolas da sede e zona rural. A tecnologia é simples e adaptável para regiões semiáridas pela pouca utilização de água durante toda a produção. Os canteiros serão implantados em 20 escolas. Até agora 10 já foram contempladas.

A meta é incentivar o plantio de hortaliças nas Escolas, bem como mostrar para os alunos a técnica de convivência com o clima da região. O projeto "A Caatinga vai à escola, a escola vai à Caatinga" é realizado desde 2011. A ação é fruto de convênio entre a Secretaria Municipal de Meio Ambiente com o GEF Mata Branca (Fundo Mundial para o Meio Ambiente), e Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird), com apoio do Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente do Estado (Conpam) e Associação Caatinga. "É uma atividade que consideramos importante e que contempla tanto a parte educativa e de conscientização dos alunos para a convivência com o semiárido quanto a parte prática. Ele praticam verdadeiramente, ao participar da construção, do plantio e conhecer essa tecnologia que é bem adaptável à nossa realidade", destaca Wanderley Marques, secretário municipal de Meio Ambiente.

O secretário destaca ainda que outra vertente importante da ação é a segurança alimentar, incentivada pela implantação dessa alternativa de plantio de verduras e hortaliças.

Estiagem

A tecnologia substitui uma das ações executadas ano passado pelo projeto nas escolas, que foi a implantação de hortas. Devido a estiagem este ano optaram pelos canteiros, que economizam água, líquido que está escasso na região. "Optamos pela substituição porque com a seca as escolas não estavam tendo como manter as hortas, especialmente na zona rural, porque é uma atividade que consome bem mais água que os canteiros", explica Wanderley Marques, secretário municipal de Meio Ambiente.

Para a diretora Mirtenes França, da Escola Padre Bonfim, a iniciativa do projeto promove o conhecimento dos alunos com a realidade e a segurança alimentar. "É interessante e deveria ser implantado em todas as escolas, pois os alunos participam, cuidam, valorizam e se interessam de fato pela atividade. Aqui na Escola já estamos colhendo cheiro verde, que já está sendo utilizado na merenda escolar e eles ficam empolgados quando comentamos e elogiamos o trabalho deles", frisa.

O projeto " trabalha dentro da Escola, de forma pedagógica, de acordo com a Semam. Beneficia mais de 1000 alunos da rede municipal com atividades pedagógicas e ambientais. Além dos canteiros econômicos, implanta viveiros nas Escolas por meio do cultivo de mudas de plantas nativas da caatinga. Outra ação constante é a viagem para conhecer a Reserva Natural Serra das Almas, localizada aqui em Crateús, a 50km da sede. Duas vezes por semanas grupos escolares vão à Reserva conhecer a flora e fauna do bioma caatinga.

Resultados

"A ideia do projeto é trabalhar dentro da escola, de forma pedagógica. Assim, eles passam a amar, cuidar e se sentir parte da natureza e temos tido bons resultados porque os jovens assimilam muito bem essa ideia", ressalta Marques.

Para garantir resultados satisfatórios, o programa promove a aplicação de conteúdos ambientais ligados à realidade do município, ajudando o aluno a perceber a correlação dos fatos e adquirir uma visão holística do ambiente em que vive. "É fundamental que cada aluno desenvolva as suas potencialidades e adote posturas e comportamentos sociais construtivos, colaborando para a construção de uma sociedade socialmente justa, em um ambiente saudável", analisa.

Mais Informações: Secretaria de Meio Ambiente de Crateús
Fonte: Diário do Nordeste
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