Apesar dos esforços atuais de controle da dengue, a carga e os custos da doença continuam a ser consideráveis.
Mas o aumento considerável no número de casos demonstra que isso não é o suficiente. “Apesar dos esforços atuais de controle da dengue, com base principalmente no controle do vetor e manejo de casos, a carga e os custos da doença continuam a ser consideráveis. O controle do vetor vai continuar a ser uma parte importante do controle da dengue, mas é claro que uma vacina também é necessária”, explica Ciro de Quadros, vice-presidente executivo do Instituto de Vacinas Albert Sabin, em Washington, DC.
Desafio
Promessa de vacina
O laboratório publicou, em setembro do ano passado, os resultados do primeiro estudo de eficácia realizado no mundo. Esse estudo clínico envolveu 4.002 crianças entre 4 e 11 anos de idade, na Tailândia, em parceria com a Universidade Mahidol e o Ministério da Saúde da Tailândia, no distrito de Muang, na província de Ratchaburi.
Apesar de bem-sucedido, o estudo indicou que ainda há desafios a serem superados. “Os resultados demonstraram que a vacina candidata da Sanofi Pasteur contra a dengue é capaz de oferecer proteção contra três tipos de vírus da dengue (vírus tipo 1, vírus tipo 3 e vírus tipo 4). Não foi confirmada proteção contra o vírus tipo 2 no contexto epidemiológico específico da Tailândia”, argumenta Pedro Garbes, diretor regional de Desenvolvimento Clínico na América Latina da Sanofi Pasteur.
A vacina candidata da Sanofi Pasteur já foi avaliada em estudos clínicos (Fase I, II) em adultos e crianças nos EUA, na Ásia e na América Latina. No momento, está em andamento na Ásia e na América Latina, com mais de 31 mil voluntários, a terceira e última fase de testes, chamada de Estudos de Fase III, a última etapa do desenvolvimento clínico de uma vacina. “Esses estudos serão importantes para evidenciar a eficácia da vacina candidata contra a dengue em uma população mais ampla e em diferentes ambientes epidemiológicos”, ressalta Garbes.
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