O governador Cid Gomes não irá reverter as demissões dos 10 soldados da Polícia Militar, que foram expulsos recentemente da corporação, acusados de terem participado de um encontro para deliberar sobre uma nova paralisação da PM no Ceará. Há duas semanas, Cid havia se reunido com uma comissão formada por esposas de praças e se comprometeu a avaliar, pessoalmente, cada caso. Entretanto, segundo a assessoria de imprensa do Governo do Estado, o governador decidiu que não havia o que ser feito.
Os policiais foram expulsos após um inquérito da Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) apontar que, durante uma assembleia geral da categoria, ocorrida em janeiro deste ano, eles teriam planejado um novo movimento paredista. Conforme a assessoria, Cid argumentou que a investigação da CGD foi bastante rigorosa, não havendo margens para a reversão.
O que ele nos disse foi que avaliou os processo e concluiu que não havia motivos para retornar os soldados aos quadros da PM, disse a técnica de enfermagem Fernanda Caulo, que é esposa de um soldado e participou da reunião.
Além de Fernanda, outras duas esposas de policiais, além de uma advogada, se reuniram com o governador. Também estiveram presentes o vice-governador, Domingos Filho, e o chefe da Casa Militar, coronel Joel Costa Brasil.
Ainda durante o encontro ocorrido em maio, Cid também havia se comprometido em reconsiderar as transferências de policiais da Capital para o Interior do Estado. Os casos seriam discutidos no dia 22 deste mês, mas a reunião também foi antecipada para o 18. Uma lista com cerca de 150 nomes foi entregue ontem a Cid.
Fonte: O POVO