Órgão doado por jovem morto em protesto no Piauí salva idosa no CE

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Lucinda Neves sofria de cirrose hepática. Ela tinha estado grave e não podia mais esperar, segundo os médicos

Lucinda Neves sofria de cirrose hepática. Ela tinha estado grave e não podia mais esperar, segundo os médicos

O estudante de 14 anos Paulo Patrick, morto em protesto no Piauí, teve os órgãos doados pela família e salvou um cearense de 67 anos, que tinha doença grave no fígado. Lucinda Neves saiu da UTI nesta quinta-feira (11) após o transplante do órgão e está em sala de recuperação. Ela esperava um novo fígado há 11 anos.
“Estou muito feliz, saber que tudo ocorreu bem. Agora é esperar a recuperação total que com certeza ela vai conseguir”, diz o aposentado João Neves, marido de Lucinda. Segundo os médicos, ela deve receber alta na próxima semana.
Lucinda Neves sofria de cirrose hepática. Ela tinha estado grave e não podia mais esperar, segundo os médicos. “Pensei até em desistir, não vir mais, mas sempre acreditamos que iria dar certo e realmente deu”, diz o aposentado. O casal é natural do Maranhão e veio ao Ceará com “a esperança de receber o órgão no estado”.
O estudante Paulo Patrick ficou 10 dias hospitalizado após ser atropelado em manifestação de rua em Teresina, no Piauí, em julho. O protesto pedia a redução da tarifa de ônibus na cidade.
“O órgão foi extraído pela equipe de Teresina no Piauí e esse órgão foi enviado ao Ceará. Dessa forma nossa equipe pôde fazer um transplante de um ente proveniente do Maranhão”, explica o médico Huygens Garcia, responsável pelo transplante. “Os órgãos provenientes do nosso estado não são suficiente para atender as necessidades, então são muito bem vindos órgãos de outros estados”, completa o médico.
Desde o início deste ano, foram realizados no Ceará 88 transplantes de fígado. Segundo a Secretaria de Saúde do Ceará, 1.118 pacientes estão na fila de espera por um novo fígado.
“A família, naquela agonia, eu acho que doar os órgãos ameniza, conforta mais  saber que aquela pessoa morreu mas ela estar viva em várias pessoas. Isso precisa ser sempre divulgado para que haja mais transplantes”, diz Huygens Garcia.

Fonte: crateusnoticias.com.br
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