A partir daí, o Bragantino do técnico Marcelo Veiga cresceu, foi para cima e por muito pouco não chegou ao empate na etapa final. Um gol de Wesley, aos 47, levou alívio aos palmeirenses, e desânimo aos donos da casa, que se encontra a 11 pontos do G-4 e a nove da zona do rebaixamento.
Estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista, interior de São Paulo: arquibancadas? Coloridas de verde. Campo? Obviamente verde. Domínio do jogo? Total do Verdão. Dado o ambiente favorável ao Palmeiras, nem parecia que o time era o visitante diante do Bragantino. A invasão pedida por Gilson Kleina se confirmou dentro e fora do gramado.
Coube ao Bragantino só assistir ao bom futebol do adversário. Totalmente recuada, a equipe sequer levou perigo ao gol de Fernando Prass. À vontade, o time de Alan Kardec deitou e rolou. O centroavante, aliás, fez de tudo um pouco: pivô para chegadas e tabelas de Leandro, passes com visão de jogo, sendo um até de letra, e gol. Não à toa, ficou com a maior nota do jogo.
Provavelmente cansado de servir os companheiros em vão, ele resolveu decidir sozinho: dominou na intermediária, girou completamente livre e finalizou de fora da área no canto direito de Leandro Santos: 1 a 0, aos 27 minutos. Não fosse o goleiro do Bragantino, aliás, o placar da etapa inicial certamente seria maior a favor do Verdão.
Leandro é expulso, e Braga pressiona
Esqueça tudo o que aconteceu no primeiro tempo. Bragantino e Palmeiras inverteram totalmente os papéis na etapa final, principalmente por um lance infantil de Leandro. Após receber falta de Robertinho, o atacante deixou a perna tentando revidar, recebeu o segundo amarelo e foi bem expulso pelo árbitro André Luiz de Freitas Castro.
Com isso, Marcelo Veiga entrou em ação: trocou Carlinhos (lateral) por Léo Aro (atacante) - ele já havia substituído Léo Jaime por Cesinha. Mais ofensivo, o Bragantino encurralou. Quase sempre com Nilson, seja de cabeça, seja pelo chão, exigiu defesas importantes de Fernando Prass.
A dinâmica de ataque do Bragantino contra a defesa do Palmeiras só foi interrompida por uma confusão. Após cobrança de escanteio, o zagueiro Guilherme Mattis, que recebia atendimento fora de campo, rolou para dentro do gramado para paralisar a jogada. A malandragem gerou revolta principalmente em Henrique, que chegou a se estranhar com os jogadores do time da casa.
Acuado, o Palmeiras de Kleina ameaçou só em lances isolados de bola parada, com Henrique e Alan Kardec, acertando a trave de Leandro Santos. Eguren, que substituiu o pouco produtivo Felipe Menezes, entrou para fechar os espaços no meio.
No fim, a clara intenção alviverde de esfriar o jogo e deixar o tempo passar deu certo. Apesar da pressão do anfitrião, o Verdão ainda conseguiu ampliar o placar aos 47: Luis Felipe puxou para o meio e abriu na esquerda para Wesley. O volante cortou para dentro, bateu de chapa e venceu Leandro Santos.
A vitória encaminha o acesso do Palmeiras, que pode confirmar o retorno à elite no próximo sábado. O Bragantino, por sua vez, perdeu boa chance de ao menos conseguir um ponto em casa.
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