Pelo menos dez pessoas morreram e 39 ficaram feridas nos enfrentamentos registrados na madrugada desta segunda-feira entre o exército líbio e membros do grupo salafista Ansar al Sharia na cidade de Benghazi, segundo autoridades e médicos que trabalham no local.
Sete membros do grupo radical islâmico e três militares morreram nos distúrbios, de acordo com autoridades. No entanto, uma fonte do hospital Al Yala de Benghazi elevou para quatro o número de soldados mortos e acrescentou que um civil também teria morrido no tiroteio. Além disso, entre os feridos há uma menor de idade que foi atingida por uma bala perdida.
Aparentemente, os choques começaram no início desta madrugada, quando membros da Ansar al Sharia (Partidários da Lei Islâmica) pararam um homem em uma rua e começaram a discutir com ele. Vários moradores do local saíram de suas casas armados com a intenção de defender o vizinho.
A situação resultou em um enfrentamento entre os habitantes do bairro e membros do grupo salafista, que no meio do tiroteio dispararam contra uma patrulha do exército que passava pela área.
Após o ocorrido, foram enviados reforços militares ao lugar dos enfrentamentos, que posteriormente se estenderam para vários bairros da cidade, a segunda mais importante do país.
Nos choques, uma clínica administrada pela Ansar al Sharia foi saqueada e incendiada por homens armados, enquanto milicianos do grupo salafista assaltaram escritórios da administração local.
A ação terrorista provocou pânico em grande parte da cidade e os colégios não abriram suas portas nesta segunda.
As autoridades militares pediram para que a população evite circular pelas zonas onde se registraram os enfrentamentos.
A Ansar al Sharia, criada após a queda da ditadura de Muammar Kadafi, é uma das principais organizações islamitas ativas na Líbia.
Funcionários americanos consideram que este grupo salafista está por trás dos ataques contra o consulado americano de Benghazi, ocorrido em 11 de setembro de 2012, no qual morreram o embaixador Chris Stevens e outros três cidadãos dos Estados Unidos.
O Dia Online