Bomba explode em ônibus no Cairo e deixa cinco feridos

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Uma bomba explodiu nesta quinta-feira em um ônibus no Cairo, deixando cinco feridos sem gravidade, anunciaram autoridades de segurança e dos serviços de saúde egípcios. 

As autoridades não sabem até o momento se a bomba estava no ônibus ou se foi lançada por alguém quando o veículo passava. 
O episódio com ônibus, que correu em Nasr City, Norte da capital egípcia, levanta o temor de que a atual onda de atentados que mira forças de seguranças e prédios governamentais possa estar mudando seu foco para alvos civis. 
O porta-voz do governo provisório do Egito, Abdel-Fatah Osman, disse que o atentado ao ônibus tinha o objetivo de “aterrorizar as pessoas e provocar o caos”.
O atentado ocorre um dia após o governo egípcio ter declarado oficialmente a Irmandade Muçulmana como um "grupo terrorista", na esteira de um atentado suicida na cidade de Mansoura ter deixado dezesseis mortos, a maioria deles policias.
A decisão deu às autoridades o poder de acusar qualquer membro do movimento do deposto presidente Mohamed Mursi de ligação com organização terrorista.
Manifestante recebe gás lacrimogêneo durante confronto que marca o aniversário dos protestos contra os militares em 2011, na praça Tahrir, no Cairo, Egito
Manifestante recebe gás lacrimogêneo durante confronto que marca o aniversário dos protestos contra os militares em 2011, na praça Tahrir, no Cairo, Egito - Mohamed El-Shahed/AFP
Ataques - Os atentados terroristas aumentaram no Egito desde a destituição do ex-presidente Mohamed Mursi, que faz parte da Irmandade Mulçumana, por um golpe militar em 3 de julho. O presidente deposto e outros 132 dirigentes e membros de grupos islamitas estão sendo processados pela Justiça egípcia e respondem por diversas acusações, entre elas manter relações com o grupo radical palestino Hamas, fugir da prisão de Wadi Natrun – onde Mursi esteve preso durante a revolução de 2011, que derrubou o ditador Hosni Mubarak –, incendiar a cadeia e facilitar a fuga de presos.
Outras acusações contra Mursi são a agressão a funcionários do presídio e destruição de documentos. Ele responde ainda por suposto envolvimento na morte de manifestantes em frente ao palácio presidencial, em dezembro de 2012.
No processo que envolve o contato com o Hamas, o governo xiita do Irã e também seu aliado libanês, o Hezbollah, estão envolvidos outros 35 dirigentes da Irmandade Muçulmana, entre eles o líder Mohammed Badía e Saad Katatni, presidente do Partido Liberdade e Justiça (PLJ), braço político do grupo.
Mursi está na prisão Burg al Arab, perto de Alexandria. A Irmandade Muçulmana afirma que as acusações contra seus dirigentes são politizadas e representam uma tentativa do Exército e das atuais autoridades egípcias de legitimar o golpe militar.
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