CONTROLADORIA EXPULSA PMS ACUSADOS DE MORTE

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Entre os ´demitidos´ está um ex-sargento do BPChoque que se destacou na greve da PM em janeiro de 2012.

O controlador geral de disciplina dos órgãos da Segurança Pública e do Sistema Penitenciário do Estado do Ceará, Santiago Amaral Fernandes, decidiu demitir das fileiras da Polícia Militar do Ceará dois PMs que vinham sendo objeto de investigação por parte daquele órgão.
O sargento Francisco Liberato Soares e o soldado Glaydston Gama Lopes foram acusados da prática de um crime de homicídio ocorrido há sete anos, quando, conforme o processo, teriam executado, a tiro, um homem identificado como José Wagner Moreira da Silva.
O crime foi perpetrado na noite de 17 de dezembro de 2006, na Praia da Abreulândia, proximidades da barraca ´Capitão do Mar, em Aquiraz (na Região Metropolitana de Fortaleza).

Desde então, os dois PMs eram investigados disciplinarmente juntamente com um terceiro PM, o soldado Lincoln Barbosa Santos.
No Boletim do Comando Geral da Polícia Militar de número 211, a Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos da Segurança Pública e do Sistema Penitenciário (CGOSPSP) publicou o ato de demissão dos praças.

Crime

O documento revela que os três PMs passaram a ser investigados através de um Conselho de Disciplina no âmbito da própria Polícia Militar e, simultaneamente, através de inquérito policial instaurado pela Polícia Civil através do 26º DP (Edson Queiroz), sendo incursos nos artigos 121 e 29 do Código penal Brasileiro, por homicídio com concurso de pessoas. Conforme o documento publicado no Boletim Geral do Comando (BGC), no dia do crime os três PMs teriam participado conjuntamente da morte de José Wagner e, após a consumação do crime, na Avenida Cotece, na Abreulândia, teriam fugido do local em um Corsa Wind prata, de placas HVI-2805 (CE). A vítima teria sido atingida por tiros no tórax e abdome. Os motivos da execução sumária não foram revelados.

Na época, conforme o Boletim, os três PMs eram integrantes do Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque) e foram submetidos, na Perícia Forense, a exames residuográficos, ficando esclarecido que os laudos periciais foram ´positivos´ diante da presença de chumbo nas mãos do sargento Liberato e do soldado Glaydston, comprovando, portanto, que eles teriam atirado.

Diante do apurado, o corregedor decidiu pela expulsão dos dois militares e no arquivamento do processo em relação ao soldado Lincoln por "insuficiência de provas".

Os PMs expulsos, porém, poderão recorrer da decisão da Controladoria através de ação judicial. Liberato foi um dos líderes da greve da PM em 2012.

FERNANDO RIBEIRO/EDITOR DE POLÍCIA


FONTE: DN 
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