Mesmo mantendo o cargo de presidente do Supremo Tribunal Federal, o que deve ser mudado ainda nesta semana, o ministro Joaquim Barbosa já vai se acostumando à vida de civil que terá após deixar o STF. Cinco dias após formalizar o pedido para se aposentar da mais alta instância do poder judiciário no País e presidir sua última sessão, o relator do processo do mensaão iniciou uma conta no Twitter, na sexta-feira (4), com a mensagem "alívio, finalmente!" E logo escancarou seu gosto por futebol ao longo da Copa do Mundo - criticando a equipe de Luís Felipe Scolari com mensagens postadas durante o confronto contra a Colômbia, no mesmo dia.
"Por que não fazer mudanças, colocar jogadores com frescor em campo? Com tantos jogadores bons no banco", escreveu ele enquanto acompanhava a partida vencida pelos brasileiros. Pouco depois, novo post, desta vez criticando diretamente o técnico da Seleção quando a equipe era pressionada pelos colombianos: "substituição perigosa! Se houver prorrogação, Henrique será opção de ataque? Técnicos brasileiros substituem mal e tardiamente. Sempre!"
Como bom torcedor, Barbosa fez também questão de salientar seu gosto por palpites durante o Mundial. No dia seguinte às primeiras mensagens, quando já estava definido o adversário brasileiro nas semifinais, a Alemanha, o presidente do STF fez sua própria escalação para a equipe. "Sugestão para terça do meio pra frente: LGustavo, Fernandinho, Paulinho, Ramires ou William; Hulk, Fred. Bernard como arma para o segundo tempo", escreveu.
A assessoria de comunicação do Supremo confirmou ao iG que a conta é realmente do presidente do Supremo, salientando, no entanto, o fato de ela ser particular e não ter qualquer relação com a função de Barbosa como ministro.
Barbosa deve deixar os trabalhos no Supremo ainda nesta semana, após análise do governo em relação à sua aposentadoria, que deve ser confirmada em decreto da presidente Dilma Rousseff a ser publicado no Diário Oficial da União.
Até as 18h desta segunda, o presidente do STF registrava no Twitter 7.125 seguidores, enquanto seguia somente 42 contas - entre grandes veículos de comunicação do Brasil e do mundo; universidades com cursos de Direito dos EUA, como Yale; um ou outro jornalista, caso de William Bonner; e o senador Cristovam Buarque.
G1