Saiba tudo sobre como foi a passagem de Cid Gomes pela Câmara dos Deputados
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personUnknown
março 19, 2015
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O ministro da Educação, Cid Gomes, afirmou nesta quarta-feira (18), na tribuna da Câmara, que deputados “oportunistas”, que detêm cargos na administração federal, mas não dão apoio ao governo no Congresso, que “larguem o osso, saiam do governo”.
Mesmo afastado do governo federal até a próxima sexta-feira (20) por motivos de saúde, Cid Gomes, foi convocado a explicar na Câmara dos Deputados uma declaração dada no dia 27 de fevereiro, durante uma palestra a estudantes da Universidade Federal do Pará, na qual afirmou que a Casa possui de 300 a 400 parlamentares que “achacam”.
“Eles [deputados federais] querem é que o governo esteja frágil porque é a forma de eles achacarem mais, tomarem mais, tirarem mais dele, aprovarem as emendas impositivas”, disse o ministro em Belém.
O ministro iniciou a fala na Câmara dizendo que “respeita” o Congresso, admitindo que deu a declaração. Ele justificou afirmando que era uma posição “pessoal” e não como ministro de Estado, quando começou a receber críticas de parlamentares presentes.
Em seu pronunciamento, Cid Gomes estava dizendo que “respeitava” o Congresso, quando foi alvo de protestos em plenário. Irritado, ele afirmou: “Isso não quer dizer que concorde com a postura de alguns, de vários, de muitos, que mesmo estando no governo têm uma postura de oportunismo”. Vários deputados protestataram e reagiram com irritação ao discurso do ministro, tentando interrompê-lo aos gritos.
Em seguida, o ministro afirmou que os partidos que compõem a base de apoio à presidente Dilma Rousseff deveriam adotar postura condizente.
“Eu não quero aqui me referir ao nobre deputado Mendonça Filho [líder do DEM], partidos de oposição, que têm o dever de fazer oposição. Partidos de situação têm o dever de ser situação ou então larguem o osso, saiam do governo, vão pra oposição. Isso será mais claro para o povo brasileiro”, disse.
Diante das manifestações em plenário, Cid Gomes subiu o tom e chegou a apontar o dedo ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), dizendo que prefere ser acusado pelos parlamentares de ser “mal educado”, a ser acusado de “achacar” empresas, no esquema de corrupção da Petrobras.
De acordo com o ministro, os “400 ou 300″ são os que apostam no “quanto pior, melhor”, mas pediu “perdão aos que não agem desse jeito”.