Aids em Sobral: 175 casos diagnosticados

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Testes mostram que a doença tem se manifestado mais em homens heterossexuais entre 20 e 34 anos

Exames mostram mais Aids entre os homens

Sobral. Do ano de 2010 ao dia 5 deste mês, Sobral tem registrados 175 casos confirmados de Aids. Os dados são do Sistema de Informações e Notificação de Agravos (Sinan-NET), consolidados pela Vigilância Epidemiológica do Município, que traz ainda em seu demonstrativo, o ranking dos chamados distritos sanitários, aqueles que contam com Unidades de Saúde, onde são feitos exames.

Os diagnósticos das 24 Unidades Básicas de Saúde (UBS) de onde foram recolhidos os dados, nos últimos cinco anos, mostram o bairro Sinhá Sabóia, com 31 casos confirmados; Centro (24); Junco (18) Expectativa (13); Terrenos Novos (12); Padre Palhano e Pedrinhas (9); Sumaré e Alto da Brasília (8); Vila União (6); Jaibaras (5); Aprazível, Alto Novo, Coelce, e Bairro Alto do Cristo, com 4 casos; além dos Bairros Tamarindo, Santa Casa e Dom Expedito, que registraram 3; o distrito de Rafael Arruda (2); o Bairro Campo dos Velhos e os distritos de Jordão, Baracho, Caioca e Caracará apresentaram um caso cada.

O relatório também mostra que os homens heterossexuais lideram a lista de vítimas da doença, com 123 casos. Destes, 59 estão na faixa de 20 a 34 anos de idade, a maior entre os casos, de acordo com a Vigilância Epidemiológica, que contabiliza, ainda, 53 casos da doença entre mulheres, registrados nos últimos cinco anos. A investigação aponta que, desse total de 176 pessoas convivendo com Aids no Município de Sobral, registradas a partir do ano de 2010, os números mais expressivos são de 99 heterossexuais, 47 homossexuais, 17 bissexuais.

Crescimento

Para Sandra Flor, gerente Vigilância Epidemiológica, "ao longo dos anos temos notado um crescimento da doença no Município, apesar do controle que hoje temos sobre os casos. Os homens heterossexuais são os que têm apresentado esse aumento, talvez por um estilo de vida onde o uso de preservativos ou cuidados com a saúde sejam, de certa forma, ignorados. Mas a facilidade que temos hoje com o diagnóstico precoce, feito na Atenção Primária, nas Unidades Básicas, tem ajudado na aproximação de quem está mais exposto ou mais vulnerável à doença", disse.

Referência na macrorregião norte, no que diz respeito a exames de Aids e doenças sexualmente transmissíveis, o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA/Coas), que atende 53 municípios, recebe mensalmente cerca de 200 pessoas, reguladas pelo sistema de saúde, ou que chegam espontaneamente para fazer o exame. Desse total, cerca de dois a três resultados, por semana, dão positivo para Aids.

O Coas, que, além da testagem para HIV, também realiza exames para hepatite C e sífilis, tem cadastradas 1.559 pessoas, mas 1.160 delas é que realmente são consideradas ativas, aquelas que seguem com o tratamento após descobrirem a doença. "Com a descentralização do diagnóstico, que pode ser feito no PSF, do próprio bairro, as pessoas têm procurado fazer mais o teste. Temos observado aumento no número de casos positivos, pois, a cada semana, cerca de três pessoas saem daqui com esse resultado", afirma Giovana Barreto de Araújo, gerente do Centro de Infectologia.

Todos os exames são realizados no próprio Coas, que atende em horário comercial, de segunda a sexta-feira, e que conta, ainda, com apoio da Central de Marcação de Exames.

Com informações do Diário do Nordeste
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