Fonte: G1 |
Crime aconteceu em março de 2018, mas condenação saiu apenas em dezembro deste ano. Inicialmente, caso chegou a ser tratado como morte natural, mas depois descobriu-se o homicídio.
A estudante goiana Luana Carneiro de Melo, assassinada na Argentina, estava deitada em sua cama quando foi esganada durante o roubo de seu celular, segundo a Justiça. O boliviano Iver Uruchi Condori foi condenado à prisão perpétua em dezembro deste ano. Segundo as investigações, ele cometeu o crime para não ser denunciado pela vítima, já que os dois se conheciam.
A defesa do homem condenado alegou que ele era inocente e que não havia nenhuma prova de que houve um assassinato, defendendo que a jovem morreu de causas naturais.
Luana, que nasceu em Jataí, sudoeste de Goiás, foi encontrada morta no dia 30 de março de 2018 no apartamento em que morava, em Buenos Aires. Ela estava sozinha no dia do crime, pois a dona do imóvel, que também morava lá, estava viajando. Iver tinha a chave do local por trabalhar para a proprietária e também por usar o banheiro o cozinha do local.
Segundo as investigações, a goiana estava com o celular em todos os momentos, estando sempre online, mandando mensagens e fazendo postagens em redes sociais. Ela, inclusive, dormia com o aparelho ao lado ou embaixo do travesseiro. Porém, o aparelho desapareceu após a morte dela.
Ainda de acordo com o processo, o boliviano entrou no apartamento para se apoderar de bens do local e, ao perceber a presença de Luana, se aproximou dela. “A nomeada estava na cama, não se sentia bem, era esperado que estivesse na cama, indefesa. Ali, [Iver] pressionou o pescoço e tal compressão derivou na morte com o objetivo de garantir sua impunidade em relação às coisas que levava”, diz a decisão da Justiça argentina.
No dia do crime, foi identificado que o celular da vítima tinha desaparecido, assim com um computador e dinheiro. O aparelho telefônico só foi ligado meses depois. A polícia conseguiu rastrear o sinal e o localizou com o irmão de Iver.
A defesa do boliviano disse que, enquanto trabalhava no apartamento em que a vítima morava, recebeu uma caixa com itens para jogar fora. Dentro estaria o celular e, ao encontrá-lo, resolveu ficar com ele.
Sobre a morte da goiana, a defesa afirmou que ela tinha problemas de saúde, mostrando cansaço e falta de ar em vários momentos. Já sobre as marcas no pescoço que indicavam o estrangulamento, o advogado alegou que poderiam ser resultado de “práticas sexuais por prazer”. Por fim, ressaltou que não havia qualquer sinal de luta ou tentativa de defesa no local do crime.
Ainda de acordo com o processo, o boliviano entrou no apartamento para se apoderar de bens do local e, ao perceber a presença de Luana, se aproximou dela. “A nomeada estava na cama, não se sentia bem, era esperado que estivesse na cama, indefesa. Ali, [Iver] pressionou o pescoço e tal compressão derivou na morte com o objetivo de garantir sua impunidade em relação às coisas que levava”, diz a decisão da Justiça argentina.
Investigação
Inicialmente, suspeitou-se que a morte pudesse ter acontecido de causas naturais, já que a vítima tinha um problema cardíaco. Porém, laudos mostraram que ela foi sufocada com as mãos até o óbito.No dia do crime, foi identificado que o celular da vítima tinha desaparecido, assim com um computador e dinheiro. O aparelho telefônico só foi ligado meses depois. A polícia conseguiu rastrear o sinal e o localizou com o irmão de Iver.
A defesa do boliviano disse que, enquanto trabalhava no apartamento em que a vítima morava, recebeu uma caixa com itens para jogar fora. Dentro estaria o celular e, ao encontrá-lo, resolveu ficar com ele.
Sobre a morte da goiana, a defesa afirmou que ela tinha problemas de saúde, mostrando cansaço e falta de ar em vários momentos. Já sobre as marcas no pescoço que indicavam o estrangulamento, o advogado alegou que poderiam ser resultado de “práticas sexuais por prazer”. Por fim, ressaltou que não havia qualquer sinal de luta ou tentativa de defesa no local do crime.
Todos os argumentos da defesa do criminoso foram rebatidos por exames e perícias.
Alívio
Após a condenação, a família de Luana disse que está aliviada.“Ao mesmo tempo em que nada poderá trazer nossa Lubs [apelido de Luana] de volta, saber que seu algoz não estará nas ruas para ferir outras mulheres e que justiça foi entregue à sua memória, nos traz alivio”, disse Rosemary Carneiro, mãe da jovem.
A mãe contou ainda que Luana sempre foi estudiosa e que lutava pelo direito das mulheres. Por isso, a condenação do réu se torna ainda mais importante para a família.
“A nossa Luana, em vida, sempre lutou por justiça e pelo direito das mulheres. A condenação do seu assassino, para nós, representa a persistência dessa luta”, contou a mãe.
Fonte: G1